sábado, 11 de maio de 2013

Causos de um canto nordestino, Adilson Medeiros “o poeta do sertão!”



Desde o momento em que cria a letra de suas canções até a composição das melodias, Adilson Medeiros revela ser um músico e poeta de alma. No trabalho artístico do cantor e compositor, floresce em sua música uma poesia bucólica que exalta as belezas da vida campestre e da natureza, tornando-o um artista de estilo próprio. O repertório peculiar nos remete aos tempos de outrora, daquele menino do interior apaixonado pela vida simples e rural que carregava debaixo do braço o seu companheiro fiel, o violão.

De xote, baião e forró Adilson entende muito bem. Natural de Sertânia (PE), abandonou a carreira de advogado para dedicar-se exclusivamente à música. Participou do festival nacional “Canta Nordeste 1992” da Rede Globo, onde faturou o prêmio de “melhor letra” e figurou no disco da Som Livre com a música “Fado Xotado”, momento este que recebeu o reconhecimento nacional pela sua originalidade musical e artística.

Lançou quatro discos em sua carreira, no qual o cd intitulado “Eternos Mourões” foi lançado em 2010 e é a sua obra atual. Recentemente participou da gravação do programa da Rede Globo Nordeste “Causos e Cantos”, com a música de sua autoria "Viola", gravado em Recife (PE), que vai ao ar em junho pela emissora e transmitido para toda a região do nordeste. Artistas renomados também já passaram pelo palco do programa, como Moraes Moreira, Renato Teixeira, Dominguinhos, Xangai, Maciel Melo, André Rio, Cristina Amaral, Elba Ramalho, Pinto do Acordeom, Genival Lacerda, entre tantos outros.

A cada ano, o programa muda de formato. Neste, o tema é direcionado à obra de Euclides da Cunha, "Os Sertões", onde aborda a principal calamidade do sertão nordestino: a seca. Causo, que significa "história inventada ou verdadeira contada de maneira engraçada" e canto, do verbo "cantar" forma o trocadilho que dá origem ao nome do programa. "Causos e Cantos" retrata através da narração de causos nordestinos e da musicalidade brasileira um pouco da vida dos habitantes do nosso sertão.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Um bato-papo com o músico e militante cultural Lis Albuquerque


A Paraíba é um celeiro de grandes artistas e este fato não se discute. Acompanhamos em nossa história o nascimento e crescimento de nomes que se transformaram em ícones nacionais e internacionais. Eu começo citando Jackson do Pandeiro, paraibano de Alagoa Grande, conhecido como o “rei do ritmo”, que foi importante influência para a música popular brasileira e, ao lado de Luíz Gonzaga, pernambucano de Recife, o “rei do baião”, se tornou responsável pela nacionalização de canções nordestinas. 

A música é elemento da nossa identidade cultural, a marca de um povo, que registra as diversas transformações ocorridas ao longo das gerações. Mas a música muda de acordo com o tempo e sofre modificações do mercado exigente e competitivo, o que a torna em um produto de consumo. 

Acompanhe o bate-papo com o músico Lis Albuquerque sobre a sua carreira artística e como ele define a relação música x consumo x mercado.

Bruna - Quais os eventos ou festivais que você já participou em João Pessoa ou pelo estado?
Lis - Já faço música, cultura, ativismo, aqui na Paraíba desde o inicio dos anos 80. Passei um tempo no sul do país, mas já estou de volta há vinte anos. Nesse tempo realizei a criação de diversos trabalhos que para mim foram e ainda são importantes como o projeto Folia de Rua, o sêlo Aquarius (gravadora), a gravação de 2 discos e o espetáculo PARAHYBA SIM SINHÔ (em cartaz todas as quartas e quintas no restaurante Camarão Grill). Participei de vários festivais e também produzi outros, mas os que mais me deram destaque e experiência na PB foram o FREVANÇA, CANTA NORDESTE e FORRÓ FEST, neste último, onde participei por 07 vezes, tive o privilégio de ganhar o primeiro lugar este ano com a música É TUDO FORRÓ (Lis – Alberto Arcela) o que veio a ampliar ainda mais minha visão e admiração pelas grandes produções que traduzem profissionalismo e respeito pela arte da música. Vários outros eventos tive a oportunidade de participar pelo Brasil. Quando morava no Rio de Janeiro e depois São Paulo, toda semana haviam encontros de nordestinos que cantavam suas origens em locais freqüentados por artistas e intelectuais que se revezavam apresentando a nova música do Brasil que vinha do Nordeste. Nesse bloco estavam eu, Lenine, Tadeu Mathias, Bráulio Tavares, Capilé, Cátia de França, Fagner, Belchior e tantos outros que carregavam nas costas a responsabilidade de divulgar a musica do Nordeste. Atualmente tenho me dedicado a trabalhar nessa linda região em que vivemos. O Nordeste é quase um grande país, com uma cultura comercialmente promissora e com novos espaços para os que estão realizando trabalhos com profissionalismo e dedicação.

Bruna - Sabemos que a globalização é um fenômeno sem fronteiras e que influencia diretamente nas indústrias de consumo de produtos musicais. Como você define a relação música x consumo x mercado?

Lis - Não é o caso de ser contra a Indústria Cultural. Mas nesses tempos de globalização, de neoliberalismo, as pessoas só querem saber do lucro. De quanto custa esse ou aquele  objeto cultural. O que é mais importante para o Brasil: Parrá ou uma banda pop ou sertaneja?  Para a indústria cultural a banda pop  ou sertaneja trará muito mais lucros. Aí eu também pergunto: como ficam as músicas de conteúdo, a cultura popular de origem, por exemplo, a batida dos índios, caboclinhos? Devido à várias indefinições dentro do que é aceitável ou não, é que nossa identidade está fragmentada, quase destruída. Isso sem falar na enxurrada de bandas de forró que ocupam espaços relevantes na sociedade. Em outras palavras, são dois pesos e duas medidas.

Bruna - Conte um pouco sobre a sua rotina: o trabalho de compor, a elaboração de uma música, a gravação. E quais as suas expectativas em relação ao futuro de sua música aqui na Paraíba.
Lis - Tenho alguns parceiros que constitui ao longo dos anos, dentre eles Alberto Arcela que tem sido um norte na elaboração de trabalhos de vanguarda. Sou daqueles que exerce várias funções durante o dia, todas elas ligadas à música, desde produção, elaboração e execução de projetos culturais, isso sem falar que o aprendizado é constante, estou em processo criativo o tempo todo e é fundamental discernir as ideias para que não sejam divulgadas em vão. Já participei de todo tipo de evento na Paraíba, mas sempre falta  algum, os espaços são limitados, é preciso criatividade para expandir o potencial em todas as áreas, por exemplo, turística e/ou corporativa, associativas, etc. Aqui as coisas são amadoras demais para visibilizar um artista por si só, ele tem que  buscar mecanismos alternativos que completem seu trabalho, isso sem falar também na indústria da pirataria que afeta à todos. É hora de sair, de intercambiar, de trocar ideias com os estados vizinhos, saber o que eles estão fazendo e procurarmos juntos uma solução para a música nordestina de forma geral, incluindo a cultura popular, sem demagogia é claro. Temos que tirá-la desse marasmo e, de alguma forma, negociar com as indústrias da mídia uma corelação de valores e participações. A Paraíba ainda está engatinhando quando se trata de produção alternativa. Os verdadeiros atores não estão participando da cena e isso faz com que alguns projetos sejam feitos a toque de caixa, deixando a classe artística sem amparo ou mesmo sem alternativas morais, pois não há mercado que suporte a demanda  de novos trabalhos e qualificados.   

                                    

Um novo olhar à obra do artista plástico Bruno Steinbach



À primeira vista nos encantamos pela beleza. É como se já fizéssemos parte do processo de criação do artista, da mesma maneira quando lemos um livro nos sentimos personagem da história ou quando ouvimos uma canção nos identificamos com a letra e sua musicalidade, na pintura não haveria de ser diferente... Digo isso porque a tela nos puxa para dentro, nos impulsiona ‘para o infinito, lá longe, onde moram os nossos sonhos’. 

Podemos observar a sensação que nos é causada na representação de profundidade da obra. O clarão do sol, a canoa naufragada nas areias e as sombras das falésias da Ponta do Seixas juntamente à linha do horizonte criam essa dimensão profunda na paisagem. Viva o azul do mar, viva o belo, viva à arte!

Somos além de meros expectadores, somos leitores de uma obra e fazemos a leitura diante das expectativas de nossas emoções. E a obra de Bruno Steinbach tem esse marco, essa presença indiscutível em criar uma alusão ao que nos direcionamos à enxergar ou não. 

Um artista de uma paraibanidade distinta, sem dúvida, que pincela os seus sentimentos na mais pura forma de arte e nivela as suas cores no regozijo da natureza, seja em corpos ardentes (sua principal marca) ou nas paisagens. A obra de Bruno Steinbach, "Ponta do Cabo Branco, opus IV" em acrílica/tela, 144 x 270 cm, abril de 2012, João Pessoa, Paraíba, Brasil, nos remete à um dos mais belos cartões-postais do nosso estado, no qual uma alma também encantadora disse que “somos a porta do sol neste país tropical...”

Através da imagem esculpida pelos pincéis de Bruno, podemos explicar aos nossos vizinhos o que Renata Arruda quis dizer na música de Fuba... E não é para ter orgulho desse lugar? E acabar de vez com toda a forma de discriminação contra o povo nordestino? Não preciso dizer mais nada, a obra fala por si mesma.

À convite do SESC, o artista plástico Bruno Steinbach expôs a tela em local privilegiado, no hall principal do Centro de Turismo e Lazer do SESC Paraíba, localizado na Av. Cabo Branco, próximo à praia dos Seixas - João Pessoa/PB.   

Beto Brito fala sobre produção musical na Paraíba




Um místico de repente, peleja, côco, toré, baião, martelo, cordel, rabeca e viola; é um  caldeirão  borbulhante  de todas as influências sonoras e literárias do nordeste brasileiro, sem o  estereótipo  do  conservadorismo tradicional e imutável. É um disco para o mundo, marcante, definitivo, atemporal, poético e  percussivo; regional e contemporâneo; primitivo  e  transcendental.  Assim  caminha  o  Imbolê, entre guitarras distorcidas, violas e rabecas, zabumbas, cítaras e grooves eletrônicos, reverenciando a  alquimia das fusões entre o pop e o  regional, flertando  com  o rap-rock, sampleando com  as  baladas  e cirandas, na pancada irreverente do baião elétrico. Produzido por  Robertinho  de  Recife, com  participação  especial  de Zé Ramalho e a poesia surrealista  de  Zé Limeira,  o “Imbolê - cordel e som na caixa”, é acompanhado ainda, de doze   livretos  autorais, recheados  de  martelos, ditados populares e emboladas, completando assim, essa brilhante obra músico/literária brasileira." (trecho retirado do site www.betobrito.com)

Leia à seguir o que Beto Brito opinou sobre os assuntos abordados: 

Como você define a fomentação da música paraibana no estado?
Caminhando... Ainda precisa dar passos mais largos, porém os caminhos estão sendo abertos. Mesmo com todas as intempéries e descuidos de tantos anos, eu sinto que muita coisa pode ser mudada  e reinventada. O que nós, artistas, devemos botar na cabeça é o seguinte: quem cuida de nós, somos nós... O estado, enquanto instituição, é apenas um elemento que pode nortear os investimentos, aumentando ou diminuindo, mas o conceito e as criações que farão as diferenças entre quem sobrevive e quem naufraga só depende de cada um.
Quais as maiores dificuldades em fazer/produzir música na Paraíba?
As mesmas dificuldades de qualquer outro lugar do mundo... Quem decide pela opção de viver de música ou de qualquer outra forma de arte, a única coisa que ele tem como certo é a incerteza. Nós, aqui na Paraíba, podemos sofrer ainda um pouco mais, pela influência de um estado como Pernambuco que tem quatro décadas de investimentos relevantes em sua obra cultural, enquanto que, pelas bandas de cá, somente começaram a enxergar sua importância como fonte de renda e expansão do turismo, de poucos anos pra cá. Quando perceberem que cultura é tão importante quanto saneamento básico, então diminuirão as dificuldades e as “doenças culturais” que atingem nosso povo.
Aponte algumas soluções para um maior incentivo à produção de música na Paraíba.
- A Criação de “Embaixadas Culturais” em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro, com espaços para exposições permanentes de fotografia, artes plásticas; palco para shows, peças teatrais, cinema, artesanato, feiras, etc;
- Espaços fixos e volantes para apresentações culturais diversas nos bairros de João Pessoa e em todo estado;
- Leis de incentivo que priorizem a produção profissional. Diferindo quem faz arte com profissionalismo e quem tem apenas “vontade” de gravar um Cd para mostrar pros amigos. A democracia, neste caso, não é tratar todos por igual, porém cada um com sua importância e reais condições de projeção e crescimento, diferindo as verbas de acordo com o perfil e o talento do grupo e/ou artista;
- Criar um diálogo com estados, como Pernambuco, para estabelecer um sistema de troca, ou seja, que os artistas daqui, na mesma proporção, toquem no estado vizinho, como os artistas de lá são trazidos pra cá;
- Investir em feiras culturais para nosso estado ou, pelo menos levar nossa cultura para feiras no Brasil e no exterior;
- Criar núcleos dentro da Secretaria de Cultura e Funjope, que possam ajudar os artistas que não dispõe de ferramentas e informações suficientes para desenvolver seus Projetos Culturais para Lei de Incentivo, como a Lei Rouanet, por exemplo;
- Investir em Escolas de Formação Erudita, como a Antenor Navarro, por exemplo;
- Incentivar os Mestres da Cultura Popular e os seus seguidores;
- Criar Festivais com bom suporte técnicos de palco, luz e som, para eventos da cultura primária, como o repente de viola e literatura de cordel.   
4. Conte sobre a sua história com a música paraibana.
Minha música é paraibana! Embora não seja paraibano –sou piauiense- foi aqui onde tive o prazer de conviver com esse gigantesco celeiro cultural  e fazer minhas criações. Desde os coquistas,como Terezinha e Lindalva, Geralldo Mouzinho e Caximbinho à repentistas como Oliveira de Panelas, Ivanildo Vila Nova a estudiosos da cultura popular, feito Bráulio Tavares, Jessier Quirino, Astier Basílio, Altimar Pimentel, passando por artistas contemporâneos, feito Escurinho, Totonho, Cabruêra, artistas plásticos do nível de Clóvis Júnior e Flávio Tavares à escritores como Ariano Suassuna, Astier Basílio  e forrozeiros da estirpe de Marinês, Genival Lacerda, Biliu, Clã Brasil, Flávio José, Sivuca e por aí vai. Minha relação com a cultura da Paraíba é ampla, próxima e definitiva!

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Entrevista com Marcus Viana, produtor musical de novelas da Globo e da cantora Paula Fernandes



Quem viu e ouviu a nova musa da música brasileira, Paula Fernandes, cantando ao lado do Rei Roberto Carlos, no show em Copacabana, Rio de Janeiro, em dezembro de 2010, transmitido pela Rede Globo, com certeza se emocionou com a moça, dona de uma voz encantadora!

 A jovem, no auge dos seus 27 anos, é a mais nova estrela do cenário musical brasileiro, apresentando em seus shows um repertório afinado, romântico e pop!  Mas não se tornou conhecida assim da noite para o dia. A cantora nasceu em Sete Lagoas, Minas Gerais e começou a cantar apenas com oito anos de idade. Gravou 2 cd’s demo com o músico e produtor Marcus Viana, que incluiu a cantora na trilha sonora de duas novelas da Globo, “Escrito nas estrelas” com a música “Quando a chuva passar” e em “Araguaia” com “Tocando em frente”, juntamente com o cantor Leonardo, e em outubro de 2010 gravou o seu primeiro DVD da carreira contendo os grandes sucessos e músicas inéditas, inclusive com participação do próprio Marcus Viana.

 Marcus Viana, músico e compositor, autor de grandes sucessos de trilhas sonoras das telenovelas da Rede Globo, trabalhou em “O Clone”, “A casa das sete mulheres”, “Pantanal”, “Que rei sou eu”, “Xica da Silva”, “Terra Nostra”, a minissérie “Chiquinha Gonzaga”, o filme “Olga” e outras produções, obras televisivas que não só marcaram a carreira do compositor mas uma geração inteira que acompanhou e contemplou os grandes sucessos do autor. Na entrevista, Marcus Viana esbanja simpatia e sinceridade onde fala sobre a “Paulinha” (como costuma chamar a cantora), os interesses do mercado fonográfico e os marcos em sua carreira.

1. Como se deu o processo de produzir artistas brasileiros?

Na verdade sou músico e compositor. Ser produtor foi consequência, pois como eu era independente tive que produzir meu próprio trabalho, aprender ao longo do tempo todas as etapas do processo de produção de um cd , mais tarde, de um dvd, produzir arte gráfica... Claro, afinal o gostoso de ser independente é poder fazer as próprias capas e toda a arte né? Comecei na minha carreira de produtor quando produzi meu primeiro LP em 1984.

2. Prefere fazer ou produzir música?

Claro que prefiro compor... Não tem nada mais prazeroso do que o processo criativo... Criar música, as letras para as canções, as artes para as capas... Isso é o melhor! Agora produzir é um saco: tomar conta de tudo , extremamente racional, exaustivo e trabalhoso... Cuidar do trabalho dos outros em todos os setores.... Jogo duro! No meu caso, imagine tomar conta do trabalho musical artístico e burocrático! Aghh...

3. Como foi trabalhar com a cantora Paula Fernandes?

Tive o prazer de trabalhar com a Paula à partir de 2005 quando ela ainda era uma ilustre desconhecida. Pude conviver com ela no dia à dia, desde então trocamos figurinhas: ela tocou na minha banda e eu produzi os trabalhos dela! Me tornei uma espécie de empresário, me dedicando à encontrar um caminho para a música da Paula. Foi a primeira vez em que extrapolei minha função de músico e dei uma de empresário e produtor... Coincidiu que meu trabalho na Globo diminuiu e tive mais tempo para me dedicar à Paulinha. Sorte dela e sorte minha, conseguimos o quase impossível: convencer uma multinacional à investir num novo talento, uma mulher num vasto universo masculino...esse ...esse mundo agro-rural... (risos!)

4. Quais os artistas você já produziu?

Só ajudei alguns na criação de arte gráfica, em pós-produção de áudio (finalização de cds). Produzir mesmo, só a Paulinha.

5. Em toda a sua trajetória como produtor musical quais as maiores dificuldades encontradas?

Acho que é depois de tudo lindo e pronto, mostrar pro mundo... Divulgar, promover, distribuir e vender. Fazer acontecer! Isso é um departamento que só as multinacionais tem. Lançamos 2 cds da dona Paula Fernandes e tudo estava bem pequeno, mesmo eu conseguindo colocar ela na Globo em 2 novelas... foi só a Universal chegar e crau! Emplacou nacional...

6. Pra você quais as maiores exigências atualmente do mercado musical brasileiro?

Exigências? O mercado da música é viciado culturalmente... É chapado, não tem ética, não tem classe, não tem um único objetivo à não ser a grana! Não existe a preocupação quanto à Arte em sua essência maior.

7. Na sua carreira de músico, quais os trabalhos que mais marcaram a sua vida?

Meu início com o grupo Sagrado Coração da Terra. Fazer as trilhas das novelas Pantanal, O Clone, Xica da Silva, A Casa das 7 Mulheres e do filme Olga, e agora produzir os cds da nossa famosa diva sertaneja!